Como já se não bastasse a DENGUE,CHIKUNGUNYA e o ZIKA VÍRUS agora ainda temos essa doença chamada Síndrome de GUILLAIN-BARRÉ que vem aterrorizando a nossa população.
Uma jovem de 20 anos e um homem de 47 foram internados em estado grave na última semana no Hospital Couto Maia, em Salvador. Ambos foram diagnosticados com a síndrome de Guillain-Barré, que provoca dores na face, ataca o pulmão e atrofia os membros.
O curioso é que, antes desse diagnóstico, eles haviam sido vítimas do Zika Vírus, que provoca dores nas articulações, coceira, febre baixa e o surgimento de manchas vermelhas pelo corpo.
Veja mais destas histórias na matéria de Paula Ary:
SINTOMAS DO GUILLAIN-BARRÉ
O principal sintoma do Guillain-Barré é a fraqueza muscular, geralmente iniciada nas pernas e com progressão ascendente. Em questão de algumas horas, às vezes poucos dias, a doença começa a subir e acometer outros grupos musculares, indo em direção a braços, tronco e face.
A síndrome de Guillain-Barré pode apresentar diferentes graus de agressividade, provocando apenas leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou casos de paralisia total dos 4 membros em outros.
O principal risco desta doença está nos casos em que há acometimento dos músculos respiratórios e da face, provocando dificuldade para respirar, engolir e manter as vias aéreas abertas. Até 30% dos pacientes com SGB precisam ser ligados a um ventilador mecânico (respirador artificial).
Cerca de 70% dos pacientes também apresentam outros sintomas além da fraqueza/paralisia muscular, como taquicardia (coração acelerado), hipertensão ou hipotensão, perda da capacidade de suar, arritmias cardíacas, retenção urinária ou constipação intestinal. Dor nos membros enfraquecidos é comum e ocorre provavelmente pela inflamação dos nervos.
Em geral, o Guillain-Barré progride por duas semanas, mantém-se estável por mais duas e, então, começa a regredir, um processo que pode durar várias semanas (ou meses) até a recuperação total. Em alguns pacientes, a SGB progride tão lentamente que a doença começa a regredir antes mesmo de chegar à parte superior do corpo. Estes são os casos de melhor prognóstico e menor risco de sequelas.
Como a bainha de mielina dos nervos periféricos tem capacidade de se regenerar, a grande maioria dos pacientes consegue recuperar todos (ou quase todos ) os movimentos. Após 1 ano de doença, 60% dos pacientes apresentam recuperação completa da força muscular e 85% recuperam-se o suficiente para já estarem andando sem ajuda, mantendo uma vida praticamente normal. As sequelas só costumam ocorrer nos casos mais graves.
A mortalidade da SGB é de 5% e, aproximadamente, 10% dos pacientes não conseguem voltar a andar sem ajuda.
Os critérios que estão associados a um maior risco de sequelas são:
- Idade avançada do paciente.
- Rápida evolução para os membros superiores, geralmente com menos de 7 dias.
- Presença de paralisia muscular já no momento da primeira avaliação médica.
- Necessidade de ventilação mecânica.
- Guillain-Barré surgido dias após um quadro de diarreia.
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Por: Roberto Júnior/Diretor de Comunicação da ADEMACEN.