Devido aos recentes e crescentes casos de microcefalia no Brasil relacionados ao Zika Vírus, doença transmitida pelo mosquito Aedes Egypti, que também é causador da dengue, dentre outras doenças. Decidimos aqui explicar mais detalhadamente o que é a “Microcefalia”.
Microcefalia é uma doença neurológica caracterizada pelo tamanho muito pequeno da cabeça em relação à idade ou ao sexo do bebê ou da criança. Também chamada de nanocefalia, a microcefalia frequentemente ocorre devido a uma falha do cérebro para crescer a taxas normais. O crescimento do crânio é determinado pela expansão cerebral que ocorre durante a gravidez e a infância. A microcefalia pode ser congênita,
adquirida ou desenvolver-se nos primeiros anos de vida. Pode, também, ser provocada pela exposição a substâncias nocivas durante o
desenvolvimento fetal ou estar associada a problemas ou síndromes
genéticas hereditárias
Crianças com microcefalia nascem com uma cabeça de tamanho normal ou reduzida. Posteriormente, a cabeça deixa de crescer, enquanto o rosto continua desenvolvendo-se normalmente – o que resulta em uma criança com a cabeça pequena, o rosto grande, testa em retrocesso e couro cabeludo mole e enrugado. À media que a criança cresce, o tamanho pequeno do crânio fica evidente, embora todo o corpo apresente também peso insuficiente e nanismo. O desenvolvimento das funções motoras e da fala pode ser afetado. A hiperatividade e o retardo mental são comuns. Podem ocorrer convulsões, fraqueza dos membros, quadriplegia e paralisia.
Os seguintes fatores podem predispor o feto a
sofrer os problemas que afetam o desenvolvimento normal da cabeça
durante a gravidez:
Fenilcetonúria, ou PKU (incapacidade hereditária de processar o aminoácido fenilalanina).
Envenenamento por metilmercúrio.
Rubéola congênita – problemas físicos em decorrência de rubéola adquirida pela mãe durante a gravidez.
Toxoplasmose congênita – grupo de sintomas e características causadas pela infecção do feto com o organismo Toxoplasma gondii.
Citomegalovírus congênito – infecção do feto pelo CMV.
Uso materno de drogas.
Desnutrição
Diabetes materna
Doenças que afetam o crescimento do cérebro podem causar microcefalia, incluindo infecções, distúrbios genéticos e desnutrição severa. As causas mais comuns são:
Síndrome de Down
Síndrome Cri-Du-Chat (Síndrome do Miado de Gato) – grupo de sintomas que resultam da perda de um pedaço do cromossomo 5. Seu nome se baseia no choro do bebê, que é alto e parece com o de um gato.
Síndrome Seckel
Síndrome de Rubstein-Taybi – doença genética caracterizada por deficiência mental, polegares e dedões do pé largos, estatura baixa e características faciais características.
Trissomia 13 – síndrome associada à presença de um terceiro cromossomo 13.
Trissomia 18 – síndrome associada à presença de um terceiro cromossomo 18.
Síndrome Smith-Lemli-Opitz
Síndrome Cornelia de Lange.
A microcefalia geralmente é diagnosticada no nascimento ou durante as consultas de rotina com o pediatra, quando são medidos peso, altura e a circunferência a cabeça. Não há tratamento específico para a microcefalia. Os cuidados são assistenciais e dependem da condição que causou a microcefalia.
Fonte: Saúde Uol
Por Lazaro Costa / Diretor de Comunicação da ADEMACEN